Moeda e Câmbio
A moeda argentina é o peso ($), dividido em 100 centavos. As cédulas em circulação são de 2, 5, 10, 20, 50 e 100 pesos e as moedas são de 1 peso, 1, 5, 10, 25 e 50 centavos. Desde a desvalorização produzida em janeiro de 2002, o tipo de câmbio adotado é o de flutuação suja. Depois de uma forte subida da divisa nos primeiros meses, a taxa permanece mais ou menos estável ao redor de $ 3 por dólar.
Mercado de Trabalho
A Argentina sempre foi um país caracterizado pelo baixo nível de desemprego, daí sua condição de receptor de imigração. No entanto, a partir de meados da década de 80 a falta de trabalho começa a ser um fator crescente de preocupação, como conseqüência das sucessivas crises econômicas. O pico de desemprego foi em 2002, quando chegou a medir 20,8 %. Recentemente a exclusão no mercado de trabalho conseguiu perfurar o piso de dois dígitos, com uma taxa oficial de desemprego de 9,8% e uma subocupação de 9,3% (maio 2007). Entre os que trabalham, a remuneração média do primeiro semestre de 2005 foi de aproximadamente 740 pesos ou o equivalente a 250 dólares.
Inflação
Nos anos 90, o Plano de Conversibilidade pôs fim ao período hiperinflacionário e manteve os preços controlados. No entanto, devido à desvalorização do peso em janeiro de 2002, a inflação acumulada durante esse ano chegou a 40% (é importante notar a grande sensibilidade que a economia argentina apresenta frente a variações do tipo de câmbio devido, principalmente, ao fato de ser um grande exportador de commodities alimentícias). A inflação registrada em 2006 foi de 9,8%. Dinheiro e Bancos Durante a vigência da conversibilidade, a Argentina manteve um tipo de câmbio fixo que atrelou o valor do peso ao dólar, implicando uma grande disseminação da moeda norte-americana em transações diárias e em contas bancárias. Junto com a desvalorização, e em meio a uma retenção de depósitos (o chamado "corralito"), foram tomadas medidas de "pesificação" e indexação assimétricas de depósitos e dívidas pactadas em dólar. Essas medidas, que geraram enorme rejeição da opinião pública por modificar contratos e violar o direito de propriedade, foram sendo resolvidas com o transcurso dos meses mediante descontos nos valores originais e entrega de títulos do governo.A recuperação econômica do ano de 2003 trouxe bons ventos à recomposição do sistema bancário, com um aumento paulatino no número de depósitos e também de empréstimos relativos ao setor privado. Em um ano, a taxa de juros nominal anual para depósitos a prazo fixo de 30 a 59 dias passou de 20,7% a 3,3 % (2003).
Dívida Externa
A Argentina decretou moratória em dezembro de 2001, no que ficou conhecido como o maior calote soberano da história. A partir de 2004, o governo de Néstor Kirchner deu início à reestruturação da dívida externa. A tendência desde então é de redução do passivo, ajudada em parte pelo cancelamento total da dívida com o FMI em 2006 e pela renegociação com outros organismos internacionais e com credores privados. Em setembro de 2007, as obrigações totais giravam em torno de 118 bilhões de dólares, equivalentes a aproximadamente 55% do PIB
Exportações: U$S 40 bilhões (2005, +16%)Principais produtos de exportação: alimentos de origem agropecuária, material de transporte, química e petroquímica, metais, maquinaria e equipamentos, produtos de couro e calçados.Principais destinos das exportações: (2005) Mercosul........................................... 19% (Brasil 15%)UE....................................................... 17% (princip. Espanha, Holanda, Itália e Alemanha)Sudeste asiático.............................. 17% (China 9%) ALADI ................................................ 16% (Chile 11%) NAFTA................................................ 14% (EUA 11%)
Participação das exportações no comércio mundial: 0,4 % (2004)
Importações: U$S 28,9 bilhões (2005, +28%)
Principais produtos de importação: maquinaria e equipamentos, material de transporte, química e petroquímica.
Principais origens das importações: (2005) Mercosul.................................................... 39% (Brasil 35%)UE................................................................ 17% (principalmente Alemanha e Itália)NAFTA......................................................... 17% (EUA 14%)Sudeste asiático....................................... 15% (China 7%)
Participação das importações no comércio mundial: 0,2 % (2004)
Agricultura
Com um dos solos mais férteis do mundo (o Pampa), a agricultura argentina apresenta uma das mais altas produtividades do mundo, com destaque para o trigo, seu principal produto. Outros bens relevantes são: soja, milho, amendoim, erva-mate, aveia, cevada, sorgo, cana-de-açúcar, girassol, algodão, batata e frutas. A Argentina sempre foi um grande exportador de cereais. A produção anual de trigo é da ordem de 15 milhões de toneladas, a de milho, 19 milhões de toneladas e a de soja, 18 milhões de toneladas.
Pecuária
A pecuária é muito importante para a economia argentina, sendo o país grande produtor e exportador de produtos derivados desse setor. A carne de vaca e a lã produzidas no país situam-se entre as melhores do mundo, cabendo menção às técnicas de refrigeração e processamento de carnes e seus subprodutos. A produção anual de
carne é de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas. O rebanho argentino conta com cerca de 50,5 milhões de bovinos e 14 milhões de ovinos. A produção anual de lã é estimada em 56 mil toneladas.
Pesca
A produção anual pesqueira argentina é de aproximadamente 1,2 milhão de toneladas, destacando-se a pesca de merluzas e lulas.
Indústria
As principais indústrias são: alimentícia, química e petroquímica, veículos motorizados, bens de consumo duráveis, têxtil, metalúrgica e aço. Nos anos 90, alguns segmentos industriais, a exemplo de automóveis, cimento, agroquímicos, siderúrgicos, pneus e têxteis, mostraram expansão, em parte como consequência do fortalecimento do comércio com o Mercosul. A tendência predominante no final dos anos 90 foi de queda na produção industrial, mas a partir de 2002 a indústria vem crescendo em forma ininterrupta, com uma média trimestral de 8%.
ENERGIA
A produção anual de energia é estimada em 92.000 GWh (2004). Os recursos energéticos encontram-se afastados dos centros industriais (jazidas de gás em Salta e Neuquén; hidrelétricas em Neuquén e Corrientes); no entanto, isto não representa uma limitação. O Sistema Interconectado Nacional (SIN) é constituído por 58 centrais geradoras, sendo 62 de origem termo-elétricas (gás ou combustível) com uma capacidade instalada de 7.132 MW (46% do total); 30 centrais hidrelétricas com 7.309 MW (47% do total) e 2 centrais nucleares, com 1.005 MW (7% do total). A transmissão é feita por linhas aéreas de 500, 230 e 132 KV. A partir das privatizações dos serviços, a nova estrutura dividiu o setor conforme as funções de geração, transporte, distribuição, grandes usuários e consumidores.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
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